4 de abril de 2009

A Futilidade da Vida

A raça humana habita essa Terra há cerca de 10.000 anos, comparativamente pouco considerando a idade suposta do planeta, que está em cerca de 4 bilhões de anos.

E mesmo assim, nosso planeta, composto de muitos elementos pesados, é relativamente novo se comparado com a idade atribuida ao nosso Universo, que é estimada em 13,7 bilhões de anos.

É simples, nos primórdios, após a grande explosão (O Big Bang), a matéria começou a se formar e se agrupar, de acordo com as leis da Gravitação propostas por Newton.

Os primeiros elementos surgidos foram os mais simples e leves, o Hidrogênio (matéria mais abundante do universo) e o Hélio, que se condensaram em nuvens, que após determinado período, devido à imensa atração, se superaqueceram e iniciaram os processos de fusão nuclear, onde 4 moleculas de Hidrogênio dão origem a 1 de Hélio, o que eram as primeiras estrelas.

Bem, após esgotadas as energias destas estrelas iniciais (a energia é o Hidrogênio), elas começaram a fundir Hélio em matéria mais pesada, como Carbono e Oxigênio. Mas estas reações não foram suficientes para manter a estabilidade das estrelas, que se comprimiram à densidades quase infinitas e entraram em colapso, o que se chama de singularidade, ou explodiram, espalhando sua matéria pelo espaço, matéria esta que se re-organizou e deu origem a sistemas mais complexos, como o nosso Sol e Sistema Solar.


Bem, e nós, homens, após isso tudo, consideramos longa uma vida de 100 anos, não temos absolutamente nenhuma resistência a condições extremas, dependemos de nosso planeta pra sobreviver, como qualquer outro animal que viva neste planeta.

Isto posto, não é difícil de imaginar que toda a vida é fútil e sem sentido, entretanto é preciso considerar outro fato: Os outros animais, ao contrário dos homens, não tem a capacidade de se organizar em sociedades muito complexas que interajam com outras, que as explorem e se aproveitem delas para unicamente acumular o que, de forma fútil e sem sentido, chamam de riquezas.

É impressionante o esforço que muitos empreendem em criar 'Impérios' e dominar sobre outros homens, como se julgam superiores por acumularem mais riquezas, como querem deixar suas marcas no que chamam de 'história', e sequer se dão conta de que existe este imenso universo cheio de mistérios e segredos, que mal conseguimos medir.

Não que nossa existência seja sem sentido ou vazia, mas temos de nos dar conta da pequenez de nossa vida, de quão frágeis e efêmeros somos. Somos apenas pessoas que moram num planeta médio, entre milhões e milhões de outros, girando ao redor de uma estrela média, como milhões de milhões de outras, numa galáxia como outras trilhões que existem somente no universo que vemos daqui.



Um dia entenderemos estas questões e, então, poderemos viver em maior harmonia com nós mesmos e também com o próximo.


'Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...'

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