21 de novembro de 2011

Sobre como a TAM Linhas Aéreas não estragou meu final de semana.

Hoje eu vou falar de um assunto que quase me irritou bastante neste final de semana.

Ocorreu na cidade de Saltinho, SP, um evento intitulado "3º Mopar or No Car" na pista de arrancada desta cidade. E por sinal, me consta que este será o último evento realizado nesta pista, que será desativada para a construção de um condomínio.

Pois muito bem. Eu, sabendo do evento, programei minha ida até a cidade de São Paulo, onde encontraria amigos meus que me levariam até a pista de arrancada de carona, comprei as passagens com muita antecedência pela companhia aérea TAM Linhas Aéreas e fiquei tranquilo aguardando o momento do embarque e pelo belo dia de Sol que prometia a previsão do tempo.

Sai de minha casa, no sábado, por volta das 11 horas da manhã, fui ao shopping cumprir com alguns compromissos, almoçar e depois me dirigi ao aeroporto Governador José Richa, na cidade de Londrina - PR, onde embarcaria para um voo que iria até o Aeroporto Internacional de Guarulhos - SP, num voo com escala em Curitiba - PR.

Estava tudo indo muito bem, não seria a primeira vez que eu faria este trajeto, mas seria minha primeira experiência com a referida companhia aérea, em outras oportunidades sempre viajei pela GOL.

Entretanto, como é sempre bom adicionar um pouco de emoção às coisas, nem tudo saiu conforme meu planejamento de mais de um mês. Ao chegar no balcão de check-in e ser atendido pela funcionária Beline recebi a boa-nova de que eu não poderia embarcar pelo motivo de que não constava em minha reserva o indicativo de grau de parentesco "Junior".

Bastante contrariado, informei à senhorita que me atendia (e me atendia sempre com um ar bastante pedante, por sinal) que a reserva havia sido feita em meu nome, com a inclusão de meus dados pessoais completos, nome completo, endereço, documentos, telefones, enfim, da forma mais precisa possível, e que não era coerente a existência de um erro tão grosseiro.

E a despeito de minha fala sempre calma e cadenciada, presenciei atitudes bastante deselegantes de uma funcionária que certamente não estava preparada para lidar com a situação. Fui informado por esta senhora de que este tipo de erro não era raro e que outros passageiros já enfrentaram situação semelhante.

Entretanto, e vendo que não havia possibilidades de manter um colóquio civilizado com a primeira funcionária a me atender, me dirigi ao balcão de vendas de bilhetes da companhia, visando obter uma solução pacífica para a contenda em questão, me dirigi à atendente que na oportunidade estava disponível, mas ela não pode me falar pois foi abruptamente interrompida por uma senhora de nome Fernanda, a qual, de maneira bastante rude e, novamente, pedante, me disse tudo aquilo que já havia sido proferido pela primeira atendente, Beline, sem sequer me dar oportunidade de expor meu lado da situação. E fui informado, ao final da conversa (se é que é possível chamar o embate que travamos de conversa), de que seria necessário aguardar a presença do supervisor, de nome Jessé, que somente compareceria ao serviço após 14 horas (eram 13:30h neste momento), ou seja, não havia no aeroporto de Londrina nenhum funcionário competente para me informar sobre quais procedimentos eu deveria tomar ou qual a solução para o caso exposto.

Pacientemente aguardei até o horário informado, quando fui recebido pelo senhor Jessé, que, de maneira contundente, me disse que não seria possível que eu embarcasse com a reserva que eu mesmo havia feito e que, se meu desejo fosse o de embarcar, seria mister que eu cancelasse a reserva anterior e efetuasse uma nova compra. Fui informado também que a tarifa havia sido modificada desde a minha compra, e que, por este motivo, eu teria de desembolsar a quantia de 700 reais por apenas um trecho de minha viagem (ressalto, neste ponto, que o valor pago pelos dois trechos - ida e volta - foi de aproximadamente 240 reais).

Conforme já citado, me foi dada a oportunidade de cancelar a compra que eu havia feito (o que se configura em um belo paradoxo, já que não pude viajar, mas poderia reaver parte do dinheiro pago pelos bilhetes - lembro a este ponto de que existe o desconto de um valor referente ao que é chamado de 'taxa de cancelamento' e que corresponde a 50% do valor da tarifa).

De posse desta informação, optei por fazer o cancelamento, uma vez que não havia outra alternativa que solucionasse o problema em pauta.

E bem, esta foi a parte chata do meu final de semana, que se encerrou por volta das 14:20h de sábado.

Voltei pra casa, ainda bastante chateado e decidido a não mais comparecer ao evento na cidade de Saltinho, quando recebi a sugestão de ir de ônibus. Neste sentido, me organizei rapidamente e fui até a rodoviária de Londrina, onde adquiri passagens para a cidade de Jundiaí, com retorno a partir da cidade de Piracicaba. Viajei contando com o fato de que alguém iria até a rodoviária me buscar, pois este seria o único modo de eu conseguir chegar até o evento. Meu ônibus partiu por volta das 22:15h de sábado e a chegada ocorreria na madrugada de domingo, por volta das 6:15h e eu não havia recebido até o momento a confirmação de que teria carona para chegar a Saltinho.

Tive uma excelente noite de sono a bordo de um ônibus da Viação Garcia, ônibus novo, com banheiro masculino e feminino, poltronas confortáveis e até internet Wi-Fi (a qual estava inoperante no ônibus em que viajei por motivos técnicos, mas nada que me preocupasse pois minha intenção era a de dormir a viagem toda).

Desembarquei em Jundiaí por volta das 6:40h de domingo, um horário perfeitamente aceitável, me dirigi ao banheiro pensando nos meus próximos passos, pois até o momento não tinha como chegar de Jundiaí a Saltinho, quando ouvi pela janela o ronco forte de um motor Dodge V8. Não tive dúvidas, corri para fora da rodoviária e avistei o belo Charger do amigo Marcel Costa, do Chrysler Club de Jundiaí, ele havia recebido meu email e cometeu a gentileza de me buscar na rodoviária.

Fomos, então, até um posto de gasolina na rodovia dos bandeirantes onde encontramos outros amigos dodgeiros e seguimos em carreata até o local do evento. A viagem foi bastante agradável, havia cerca de 20 Dodges V8 em comboio acompanhados por modelos recentes da marca, como uma Challenger e um Chrysler 300C SRT/8. Próximo à cidade do evento ainda tive o imenso prazer de pegar carona com o amigo Hélio Bertolazzi, num magnífico Charger R/T recém restaurado, que me levou até o local do evento.

O evento em si foi algo que não pode ser descrito em palavras, muitos carros bonitos acelerando forte na pista, amigos reunidos e o papo colocado em dia. O sol brilhou forte em Saltinho e ficamos na pista até cerca de 14h, que foi quando eu peguei carona com o amigo Rafael Zotti até a cidade de Piracicaba, de onde partiria meu ônibus para Londrina.

O Rafael me deixou no shopping da cidade, andei um pouco por lá e resolvi rumar para a rodoviária, apesar de saber que meu ônibus sairia apenas às 23:55h. Como estava com muito tempo disponível e pouquíssimo dinheiro (uma vez que a reserva que eu havia guardado para levar na viagem foi praticamente toda consumida pela compra das passagens rodoviárias), fui caminhando pela cidade, uma caminhada bastante agradável, apesar do forte sol.

Cheguei na rodoviária por volta das 17h e aguardei até o horário de partida (confesso que foram horas bastante tediosas). A viagem de volta correu na mais perfeita paz, o ônibus chegou e partiu com precisão alemã e não houve nada que pudesse desabonar a companhia de transporte terrestre.


A conclusão que se pode tirar desta história toda é de que, a despeito de todo o estresse ocorrido no sábado, eu pude viajar tranquilamente e aproveitei o evento da melhor maneira possível, mesmo a despeito do péssimo atendimento recebido no aeroporto.


Aliás, isso levanta uma questão interessante: Eu fui atendido pelos funcionários da TAM Linhas Aéreas como se estivesse recebendo um favor, e não na qualidade de cliente pagante que era. Entretanto, pelos funcionários da Viação Garcia eu fui muito bem recebido, por uma equipe paciente e que soube lidar com meu mau humor decorrente de minha primeira tentativa de viajar.




Tenho bastante histórias para contar deste final de semana, que não foi destruído pela TAM.



Obrigado a todos os amigos que me ajudaram nesta empreitada.

4 de setembro de 2011

As pessoas...

Depois de mais de oito meses de abandono, hoje eu resolvi que é um bom dia para escrever... Não que eu pretenda escrever coisas "boas", mas senti vontade de compartilhar algumas coisas.

Deve ser de conhecimento geral que a mim não apraz o contato com outras pessoas além daquelas que estão dentro de certos limites que eu considero aceitável, o que faz com que hajam neste planeta poucas pessoas com as quais eu gosto de me relacionar.

Pois muito bem, dito isto, e levando em conta o fato de que é preciso manter relações com pessoas, encontrar pessoas nas ruas, conviver com elas no trânsito, no banco, no trabalho, na faculdade ou onde quer que se vá, posso dizer, de coração, que, pra mim, é uma tarefa bastante enfadonha e complicada realizar as tarefas mais corriqueiras, como fazer compras, pagar contas e outras futilidades do cotidiano.

A simples presença de muitas pessoas reunidas em um único local, na minha opinião, já se configura em motivo de desgaste mental, uma vez que eu geralmente me concentro muito em várias coisas ao mesmo tempo, acabo sofrendo com o que ouço de conversas de outras pessoas, me decepciono com a mentalidade tão pequena de quem me rodeia e geralmente me estresso com os absurdos que são expelidos por gente em geral.

Mas infelizmente eu não consigo ficar livre disso nem enquanto estou na internet, no conforto de meu lar. Na qualidade de leitor assíduo do blog de tecnologia 'Gizmodo Brasil', acabei criando a cultura de sempre fazer comentários no blog e, quando possível, estabelecer algumas discussões com comentaristas. O que acontece é que, diferente de tempos atrás, hoje em dia eu já não tenho tanto tempo para fazer comentários neste blog, o que faz com que eu me torne um leitor dos comentários. E confesso que é bastante estressante eu ter que ler os absurdos ditos pelas outras pessoas. Definitivamente eu não sei como alguém pode sobreviver em paz tendo atitudes e pensamentos tão ridículos, preconceituosos ou mesmo ignorantes a respeito de coisas das quais supostamente gostam.

E com isso eu não quero dizer que me considere superior ou algo do tipo, muito pelo contrário, eu me considero uma pessoa de muito difícil relacionamento, que tem muita dificuldade em lidar com terceiros e que ainda alimenta em si um desprezo sem tamanho pelas pessoas quando em grupo, o que significa que eu considero, em geral, que lidar com pessoas individualmente seja algo mais interessante - mas isso é assunto pra outro texto.

O ponto que desejo atingir, com este post, é o de que eu definitivamente não sirvo para eventos onde haja muita gente, pois, invariavelmente, eu estarei irritado em poucos instantes em locais como estes.


"Chame de misantropia ou como quiser, mas você não me engana, não perde quem desconfia, culpa da nossa tão odiosa natureza humana."