19 de abril de 2009

Como se fala besteira no Brasil ¬¬

Bem, como eu gosto de falar mal dos outros, lá vai mais um post só pra isso, né.

Já que essa semana eu li a MAIOR besteira dos últimos tempos, e lá vai, com fonte e tudo:

"Ah, o motivo do post. Sabia que tinha esquecido alguma coisa. A abertura do seriado é a música The Big Bang Theory, da banda canadense de rock alternativo Barenaked Ladies, e é um pesadelo para criacionistas em geral, e obviamente um deleite para qualquer um que goste de ciência."

Texto ridículo extraído do blog de um babaca de nome Carlos Cardoso, o endereço, pra quem goste de sofrer:

http://www.carloscardoso.com/2008/05/17/big-bang-theory-verso-completa-da-trilha-sonora/


Agora passemos aos fatos:

Nada mais óbvio nisso tudo que o cidadão, escritor deste 'texto', é um grande babaca e que, como se nota, sabe nada sobre o que ele chama de 'ciência'.

É até difícil determinar por onde começar a refutar tão estúpidos dizeres, mas vamos pelo princípio mais básico: O que é um criacionista?

Eu, particularmente, sou monoteísta e criacionista, sou Cristão. Acredito que Deus tenha criado nosso universo, as leis que regem os eventos que observamos e também as condições que possibilitam nossa vida neste planeta relativamente pequeno localizado numa galáxia expiral comum, que foi chamada de Via Láctea devido à distribuição de poeira cósmica neste braço onde nos encontramos.

Isto posto, chamo de criacionista, ou seja, a mim mesmo, de alguém que acredita que tudo existe por obra de Deus, certo? Mas isso não tapa minha visão para as evidências que a criação deixou no universo, como, por exemplo, a radiação cósmica, que constante mente nos atinge e possibilita notarmos momentos primordiais da existência do universo, ou ainda os fósseis de seres que habitaram este planeta há bilhões de anos, muito antes de nós, que nos consideramos tão importantes, conseguirmos existir.

Ora, gostaria de entender que motivos levam alguém a julgar que uma música e seu conteúdo podem, desta forma, representar um pesadelo para um criacionista como eu, que venho há algum tempo me interessando por cosmologia e astrofísica, no sentido de entender quais sejam os meios que o criador usou para formar tudo que conhecemos, o universo visível.

Hoje, a Física tem buscado entender os momentos iniciais do universo, que provavelmente se desenrolaram há cerca de 13,7 Bilhões de anos. Avancamos muito no século passado e no decorrer deste século XXI em entender como se deram estes eventos todos, principalmente com os importantes passos que temos dado na busca de uma grande Teoria Unificada, que procura juntar as bases lancadas por Albert Einstein para a Teoria da Relatividade Geral e por Mark Plank para a Mecânica Quântica, integrando o princípio da incerteza, sempre refutado por Einstein e a famosa equação E = mc² (energia é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz no vácuo).

Antes que me perca no tema, voltemos ao foco inicial, falar mal desse post ridículo desse tal de Carlos Cardoso.

Aproveitando o gancho deixado por Einstein, outrora citado para falar da Teoria Unificada, ressalto agora que o famoso físico Alemão, exilado nos EUA e convidado a presidir o Estado Israelense, é citado na letra da música em questão.

Sejamos razoáveis: Einstem sempre foi Criacionista, monoteista. Ao lançar as bases da Teoria da Relatividade extrita e geral, ele sempre buscava trazer à luz a verdade de que o universo como conhecemos só é possível por intermédio da intervenção de um Criador, de tal sorte que é ele o autor da célebre frase "Deus não joga dados".

E posso citar ainda outras pessoas 'que gostam de ciências', como o nosso desvalorado autor as chama, para mostrar que, na verdade, tais pessoas gostam de ciência e, 'apesar disso', são criacionistas, como eu.

Vou falar de um só, não obstante os inúmeros exemplos que poderiam aflorar neste tópico. Seu nome é Isaac Newton, um grande Físico e matemático que 'fundou' a gravidade, ao analizar seus efeitos e medir os resultados das interações entre corpos com massa, tendo descrito a constante gravitacional de Newton e postulado que a atração gravitacional é sempre positiva, proporcional à massa dos corpos e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa. Por muito tempo, Newton foi perseguido pela Igreja (considerada por mim a responsável por hoje eu ouvir tanta besteira por ai). Contudo, Newton nunca foi ateu, ao contrário, ele mesmo dizia que Deus pode se expressar de várias maneiras (consoante ao que diz a Bíblia, que Deus tem uma sabedoria multiforme - Efésios 3:10), e que, para expressar o universo e a vida, ele escolheu falar em uma língua muito especial, e que é universal: A Matemática.

Dado a minha indignação, vou citar mais um Físico renomado, que também tem buscado entender a estrutura e as leis que regem os eventos no universo visível, e que, por sinal, ainda está 'vivo': Stephen Hawking. Tenho lido suas obras (coisa que o referido idiota provavelmente não tem feito, se é que o mesmo tem acesso a leitura) e notado que o mesmo tem buscado, por meio de suas pesquisas, observações e experimentos, trazer à luz os eventos de nosso universo primordial, de forma a não refutar as passagens Bíblicas sobre os fatos, de sorte que ele mesmo cita em várias oportunidades nos seus livros trechos Bíblicos, o próprio Deus e a verdade da criação.

Bem, isso tudo exposto, vou citar ainda alguns trechos da Bíblia, para mostrar que mesmo tendo sido escrita há milhares de anos, há nela vestígios, por exemplo, da teoria do Big Bang, ou da grande explosão, que, como citei, ocorreu há cerca de 13,7 bilhões de anos, a partir de um estado extremamente quente e denso, onde toda a matéria se condensava em um ponto de densidade e temperaturas infinitas, uma singularidade, até que, por obra do que chamam desconhecido, mas que eu e outros físicos chamamos de Criador, a expansão começou (consoante inclusive com o citado na letra da música referida). Mas o que isso tudo tem a ver com a Bíblia? Simples, no livro de Gênesis (origens), no capítulo primeiro, versículos quatorze e quinze, conforme pode-se ver na transcrição que segue, o autor relata que Deus fez as estrelas e os astros e os colocou no que ele chama de 'expansão dos céus', conforme podemos ver no texto a seguir:

"14 -E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
15 - E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi."


À luz de tudo exposto por mim, pretendo encaminhar esta pequena exposição para um fato interessante, que já foi abordado em outro momento, mas sem a devida dimensão.

Atualmente muitas pessoas tem a predisposição de considerar que um Cristão ou Criacionista está defasado no quesito razoabilidade e coerência, pelo fato de que, num passado pouco distante, a Igreja Católica, que usurpou de todo o conhecimento humano e o usou por séculos a fio tendo por escopo a manutenção de sua hegemonia política e financeira, em detrimento do avanço científico que era iminente.

Esta visão deturpada, fruto de uma mente fechada e da história de que a Igreja Católica sempre foi atrasada (e é de fato, até os tempos atuais), e que, por conseguinte, todo Cristão também o é, causa conclusões tão medíocres e sem embasamento.


Infelizmente a Igreja Católica deixou suas raízes fortemente fixadas em nossa sociedade, causando tamanha confusão entre a ciência e religião, campos que, em minha modesta opinião, nunca deveriam ter separado.


Luto pra desfazer esta e outras confusões tão comuns, quero atingir resultados significantes, não só em minha geração, mas para um futuro mais racional e inteligente.





Falei pouco, considerando tudo que havia planejado.


E, como diz o slogan:

'BraZil, um país de tolos'

15 de abril de 2009

Dodges e uma paixão

Hoje estive com muita vontade de escrever, pensei muito, como sempre o faço, em dezenas de assuntos sobre os quais poderia habilmente escrever, principalmente os que resultem das ultimas leituras que fiz.

Mas, como já comentei outrora, não aqui, Hawking pode esperar, pelo menos até a próxima postagem.

Hoje vou dedicar algumas linhas para falar sobre o livro que acabo de ler, escrito por Alexandre Badolato, alguém que admiro bastante, mais agora, conhecedor de parte de sua história com os Dodges, alvo deste pequeno ensaio.

Honestamente, fiquei muito contente com a qualidade e consistência do livro em questão, tanto dos impressos, apresentação, formatação e correção, quanto a propriedade e conhecimento com que o Badolato conduz os fatos e entrelaça as histórias que, devo admitir, causaram grande comoção em minha pessoa enquanto lia.

Confesso que considerei algo constrangedora a comoção que me acometeu, principalmente no primeiro capítulo, já que lia no trajeto para o trabalho, ficou estranho, mas me identifiquei muito com o relato, talvez por sonhar em, um dia, me re-encontrar com o dodge que já passou pelas minhas mãos e poder, novamente, tê-lo comigo.

Esperança é uma coisa engraçada, mas determinação e planejamento estratégico são, de longe, maneiras racionais de se construir algo relevante em vida, todas as histórias de sucesso que conheço possuem abundância destes dois elementos, o que não é diferente no caso de Alexandre Badolato, pelo que tenho absoluta certeza de que poderei, dentro em breve, visitar o Museu do Dodge e apreciar a grandiosidade e imponência dos veículos que estão sob a custódia do Alexandre. Sei que este momento, a concretização do projeto do Museu, coroará o sucesso de tão admirável colecionador.

Atualmente, considero que qualquer pessoa que anele construir algo memorável deve procurar sempre manter vivo seu sonho, mesmo em face as adversidades que servem para diferenciar os fracos daqueles que de fato atingirão objetivos grandes, que é o caso do Badolato, obviamente um belíssimo exemplar de persistência, garra, determinação e coragem, que, particularmente, admiro muito.

Enfim, já citei algumas de minhas leituras neste blog, mas hoje, mais do que isso, gostaria de recomendar fortemente esta história que, mais do que qualquer outra que já li, é uma odisséia completa de paixão, desencontros, coragem, muito trabalho e, como se espera nestas condições, de sucesso!


Parabéns, Badolato, não só pela qualidade do livro, mas pelo formidável exemplo de vida com um propósito, coisa pouco vista neste mundinho.

7 de abril de 2009

Vivendo e aprendendo

'Eubio, você precisa estudar menos, você vai ter a vida inteira pra estudar, não adianta estudar tudo de uma vez'


Acho que quem disse isso não imagina que a vida é tão curta que não sei ainda se conseguirei estudar tudo aquilo que pretendo, e ainda, pra ajudar, estou cerca de três anos atrasado em relação ao ponto onde desejaria estar.


Afinal, vivemos somente enquanto temos algo relevante pra fazer, depois disso, depois de encerrado o propósito, só nos resta morrer, é pra isso que estamos aqui, viver e morrer.


Enfim, só pra constar, sigo aprendendo, e, claro, vivendo!

6 de abril de 2009

You don´t have PhD

Na vida acadêmica infelizmente temos que nos deparar com coisas tão deprimentes e professores tão despreparados e medíocres que é quase impossível me sentir à vontade e motivado a participar ou pelo menos estar presente à aula.

Professor, principalmente de ciências sociais, de filosofia e informática, são quase todos insuportáveis, previsíveis e nojentos. É impressionante como, quase sempre, eles conseguem subestimar à inteligência de qualquer aluno e nos tratar como fôssemos simples primários, sem qualquer domínio em quaisquer áreas que julguem dominar.

Infelizmente, na maioria das vezes, estes 'profissionais' mal possuem culhões para ministrar uma aula decente, tem uma formação pobre, não possuem sequer um diploma de doutorado e não estão acostumados a lidar com pesquisa ou dados relevantes, possuem limitada capacidade intelectual e nenhuma habilidade para avaliação crítica de teorias ou mesmo capacidade de propor as mesmas, apenas repetem idéias (quase sempre medíocres) de outros pensadores, são como papagaios, falam o que lhes dizem, sem conseguir, a despeito disso, raciocinar sobre o que falam.

Repetidores desta corja quase sempre não tem habilidade para identificar quais sejam os alunos dotados do mínimo de cultura e que se sobressaem meio à massa medíocre, ao contrário, não podem ou não querem reconhecer quem, dentre eles, tenha maior capacidade intelectual do que a que ele mesmo possui, se prestam somente a se alongarem no exercício de futilidade que é repetir idéias ultrapassadas, de forma superficial e pobre.

Infelizmente o sistema universitário brasileiro é falido, não consegue absorver e alavancar a genialidade de qualquer aluno que se sobressaia entre os demais, os docentes desta estirpe quase sempre tem uma vida que em geral é bem medíocre, mantém uma cadeira de professor simplesmente para complementar a renda miserável que seus trabalhos corriqueiros os fornecem e se aproveitam de brechas na universidade para 'lecionarem'.

Considero que quem deseje galgar tal posicão nesta escada, deva, pelo menos, ser dígno do cargo de que é investido, tendo mostrado, atravez de sua vida acadêmica, resultados teóricos e práticos significantes, deve possuir publicações relevantes, etc. É pena que, isto sabido, a maioria dos magisters simplesmente não tem a menor familiaridade com a vida intelectual, ou com produções relevantes.

A pior parte de tudo isso, sem dúvida, é o sentimento de prepotência que alguns destes professores carregam consigo, como fossem superiores ou estivessem em um nível mais elevado. É triste isso, não consigo considerar que existam pessoas desse nível instruindo alunos de nível superior, quando deveriam educar crianças analfabetas em creches ou instituições afins.

Enfim, no decorrer de minha aula ridícula escrevi este post, pra evitar o tédio e fazer o tempo passar mais rápido.

Regards.

4 de abril de 2009

A Futilidade da Vida

A raça humana habita essa Terra há cerca de 10.000 anos, comparativamente pouco considerando a idade suposta do planeta, que está em cerca de 4 bilhões de anos.

E mesmo assim, nosso planeta, composto de muitos elementos pesados, é relativamente novo se comparado com a idade atribuida ao nosso Universo, que é estimada em 13,7 bilhões de anos.

É simples, nos primórdios, após a grande explosão (O Big Bang), a matéria começou a se formar e se agrupar, de acordo com as leis da Gravitação propostas por Newton.

Os primeiros elementos surgidos foram os mais simples e leves, o Hidrogênio (matéria mais abundante do universo) e o Hélio, que se condensaram em nuvens, que após determinado período, devido à imensa atração, se superaqueceram e iniciaram os processos de fusão nuclear, onde 4 moleculas de Hidrogênio dão origem a 1 de Hélio, o que eram as primeiras estrelas.

Bem, após esgotadas as energias destas estrelas iniciais (a energia é o Hidrogênio), elas começaram a fundir Hélio em matéria mais pesada, como Carbono e Oxigênio. Mas estas reações não foram suficientes para manter a estabilidade das estrelas, que se comprimiram à densidades quase infinitas e entraram em colapso, o que se chama de singularidade, ou explodiram, espalhando sua matéria pelo espaço, matéria esta que se re-organizou e deu origem a sistemas mais complexos, como o nosso Sol e Sistema Solar.


Bem, e nós, homens, após isso tudo, consideramos longa uma vida de 100 anos, não temos absolutamente nenhuma resistência a condições extremas, dependemos de nosso planeta pra sobreviver, como qualquer outro animal que viva neste planeta.

Isto posto, não é difícil de imaginar que toda a vida é fútil e sem sentido, entretanto é preciso considerar outro fato: Os outros animais, ao contrário dos homens, não tem a capacidade de se organizar em sociedades muito complexas que interajam com outras, que as explorem e se aproveitem delas para unicamente acumular o que, de forma fútil e sem sentido, chamam de riquezas.

É impressionante o esforço que muitos empreendem em criar 'Impérios' e dominar sobre outros homens, como se julgam superiores por acumularem mais riquezas, como querem deixar suas marcas no que chamam de 'história', e sequer se dão conta de que existe este imenso universo cheio de mistérios e segredos, que mal conseguimos medir.

Não que nossa existência seja sem sentido ou vazia, mas temos de nos dar conta da pequenez de nossa vida, de quão frágeis e efêmeros somos. Somos apenas pessoas que moram num planeta médio, entre milhões e milhões de outros, girando ao redor de uma estrela média, como milhões de milhões de outras, numa galáxia como outras trilhões que existem somente no universo que vemos daqui.



Um dia entenderemos estas questões e, então, poderemos viver em maior harmonia com nós mesmos e também com o próximo.


'Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...'